Os Segredos da Nuvem!

Os Segredos da Nuvem! A diferença

Qual a diferença entre ter uma cópia dos arquivos na Nuvem e ter um Backup?

Depois de muita discussão e reflexões sobre as diversas abordagens dos conceitos de Nuvem, fiz uma pergunta objetiva ao Oráculo do Terceiro Milênio, o pai de todas as informações, o Google!

“Whatʼs the difference between Cloud File and Cloud Backup?”

Lá apareceram vários artigos (blogs), em sites internacionais, que apontavam para o mesmo caminho que nós vínhamos discutindo a tempos com a nossa equipe, clientes e amigos que trabalham na área. Em síntese, como disse Goethe, filósofo alemão do século XVI, em um de seus livros: “O Diabo mora nos detalhes!”.

As diferenças que estamos procurando estão nas sutilezas! Primeiro vamos tentar entender alguns conceitos de Nuvem. Quando você leva seus servidores para um Data center e lá “hospeda” seus processos, hardwares, sistemas, etc. , você está fazendo o que o jargão do meio de T.I. chama de “Colocation”. Isso ainda não é Nuvem! Se você apenas pretende ter no Data center uma extensão dos seus dados, como, por exemplo, um HD com acesso remoto, você terá um espaço contratado numa Storage que pertence à infraestrutura do Data center; normalmente esses dados viajam para lá através de um caminho seguro, via web, que atende a um protocolo de criptografia, tipo FTP, SCP, etc. Esse processo já está chegando próximo ao conceito de Nuvem, mas ainda não é exatamente isso.

A sutileza está na forma como se contrata, ou seja, se você especifica que os dados devem ficar em um servidor dedicado, só seu, você está contratando um “Colocation”, assim como na hospedagem descrita acima. Contudo, se você não específica ou adere a um plano padrão do Data Center provedor, onde não exista uma obrigação dos seus dados estarem em algum local pré-determinado, podendo esse Data center alocá-los onde for conveniente para ele, seja aqui, ali, ou mesmo, fora do país, importando apenas que, quando você precise acessar, eles estejam à sua disposição, aí sim, você estará nas Nuvens!

Sem críticas, muito pelo contrário! Realmente acredito que determinadas situações, necessidades objetivas, tais como Custo, Praticidade, entre outras, são fortes elementos para tomada de decisão. Entendo, de fato, que certos “Jobs” (rotinas), por exemplo, os serviços de banco de dados de algum sistema, como o ERP, devem estar bem acessíveis.

Esses “pacotes” não têm tanta exigência de segurança do conteúdo, mas sim de segurança do processo. Arquivos altamente mutáveis ficam obsoletos muito rapidamente, valendo apenas se estiverem disponíveis instantaneamente, ou seja, online.

Mas como verificar a real diferença entre manter seus dados na Nuvem ou no Data center em um colocation?

E como saber se qualquer outra forma de armazenamento é um verdadeiro Backup? Existe uma peculiaridade não observada em muitos casos. Arrisco dizer que mais de 60% dos gestores de dados das empresas não observam essas diferenças. Digo, “gestores de dados”, não levando a conta para os profissionais de T.I., uma vez que, no fim da cadeia de responsabilidade, está um gestor financeiro, e não na equipe de T.I..

Ter uma cópia dos dados não é propriamente um backup confiável; faltam aqueles detalhes que o alemão colocou nas mãos do “coisa-ruim”!

Apresento aqui algumas das máximas mais comuns para sua reflexão: Se você alterar seus dados na origem e, se esse procedimento altera automaticamente a cópia que os caras lá de fora chamam de “Sync”, de sincronismo, você não poderá retornar as informações anteriores; aí, se você apaga por engano aqui, vai ter apagado por engano lá também.

Dependendo do tempo, não vai conseguir recuperar. Esse é um exemplo dos mais comuns! Se você faz uma cópia dos seus dados e transfere para um local, que pode ser dentro da empresa, numa mídia, num datacenter, na nuvem ou qualquer outro lugar, fique tranquilo, pois é uma cópia.

Mas lá vem o cramunhão de novo e, quando você precisa e traz de volta os dados, eles simplesmente não funcionam.

Esse exemplo passa despercebido, mas acontece com muita frequência, e pior, você só descobre quando não consegue restaurar. Se você é atacado por algum tipo de hansomware, ou coisa assim, o inimigo é o próprio hacker que te infectou ou invadiu o corpo do seu servidor.

Os seus dados atuais ficam comprometidos, contaminados pelo ataque. Provavelmente esse ataque vai atingir os arquivos sincronizados, ou ainda, o backup atual, caso já tenha sido feita a rotina programada. E agora um processo de backup guarda as versões dos dados conforme o plano de atualização, que deve ser diário ou, também, mais de uma vez ao dia. Nesse caso, você pode escolher uma dessas versões mais recentes, antes do ataque do vírus.

Bom, agora que a gente está se entendendo sobre Nuvem e Backup, precisamos avaliar o que podemos fazer para neutralizar os detalhes sutis e evitar todos os problemas decorrentes da perda dos dados.

É necessário decidir com firmeza qual a estratégia que a sua empresa precisa: optar por um serviço de Nuvem ou um Colocation.

Depois é preciso definir uma política de Backup, pensar em processos os quais assegurem que, errando aqui, não se errará na cópia de segurança, e promover protocolos de verificação para integridade dos dados da cópia de segurança, assim como verificar, com testes regulares, se os dados que estão na cópia de segurança podem de fato ser restaurados em caso de desastre.

Se eu tivesse o privilégio de deixar uma recomendação, essa seria: estabeleça as políticas de geração do backup, monitore e teste os processos através de uma ferramenta confiável. Se escolher alternativas remotas, em Colocation ou Nuvem, seja precavido. Mantenha uma versão atualizada desses dados em Mídia Offline e, como contingência, capacidades locais de serviço para, em casos mais extremos de emergência, poder operar localmente.

Fontes:
www.howtogeek.com/346265/whats-the-difference-between-cloud-file-syncing-and-cloud-backup
www.acronis.com/en-us/blog
www.backblaze.com/blog/sync-vs-backup-vs-storage

SOBRE O AUTOR

“Laert Perlingeiro Goulart, é Engenheiro Civil formado pela Universidade Católica de Petrópolis, atuou como empresário da construção civil até 2005 quando tornou-se executivo de uma empresa de Logística, onde atuou ate 2017. Hoje é executivo de uma empresa de T.I. voltada para tecnologia de gestão de documentos, arquivos digitais e backup. Nas horas vagas gosta de tirar fotos e apreciar uma boa cerveja artesanal e compartilha isso no seu Instagram @laert.goulart

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