Vamos mudar o conceito do Jeitinho Brasileiro!

Quando se fala em Backup e Segurança de Dados, devemos adotar as Melhores Práticas internacionais, adaptadas às realidades brasileiras.

Vamos mudar o conceito do Jeitinho Brasileiro! - RioOFFSite

Quais são os costumes e as características predominantes que determinam a cultura de um povo? De tanto acompanhar o mercado internacional de serviços de tecnologia e segurança da informação, percebi o abismo que existe entre a cultura nos países ditos de primeiro mundo e a realidade brasileira. Até que tentamos seguir tendências e modismos Americano e Europeu, mas, quando os procedimentos e as ferramentas começam a prevalecer sobre os processos, essas diferenças ficam mais nítidas.

No exterior existem softwares e hardwares específicos que realizam processos e serviços importantes. Não que aqui não existam, mas as barreiras comerciais e alfandegárias e o chamado “Custo Brasil” transformam o que lá fora é simples e banal em “objetos” caros e inviáveis aos orçamentos de empresas brasileiras.

Quando um empresário brasileiro coloca no seu orçamento essas despesas, parece mais uma “Figura Cultural” que desconstrói qualquer tentativa de manter o padrão internacional. Trata-se do “Jeitinho Brasileiro”, ou seja, dá pra “quebrar o galho” de outro jeito.

Quando falamos em segurança da informação, processos de backups, estratégia e investimento nesse setor, alguns gestores e empresários preferem encontrar soluções “artesanais” ou mesmo caseiras para proteger seus dados.

– Salvo tudo em um HD e levo pra casa… É Bom, Bonito e Barato!

Reúna tudo isso à crise econômica, aos elevados impostos sobre equipamentos e sistemas, e a “coisa”, além de ficar inviável, fica mesmo no campo do “seja o que Deus quiser”!

Talvez tenhamos que evoluir bastante e passar por uma transformação econômica e tecnológica, não em nível de importação de bens, mas de criação e desenvolvimento tecnológico no Brasil, além de equilíbrio na carga tributária, de modo que se fomente esse desenvolvimento, para que em seguida o país passe pela transformação cultural e possa mesmo acompanhar as Melhores Práticas tão frequentes nos países desenvolvidos.

Quais são as Melhores Práticas internacionais?

Operadores brasileiros não são diferentes de operadores de outros países, ou seja, também são humanos e, portanto, sujeitos a falhas. Automatizar processos é o primeiro dos conceitos dessas práticas – quanto menos interferência humana, menos chance de erro. Em seguida, testar os processos e procedimentos e verificar sistematicamente sua eficiência e eficácia. Por fim, garantir a integridade, a confiabilidade e a proteção dos dados.

O modismo e a vanguarda tecnológica estão levando tudo para um mundo interligado online e conectado via internet. É a “indústria 4.0” e a “Internet de todas as coisas”… Fantástico! Contudo, lendo artigos de especialistas nos Estados Unidos e na Europa, percebo que os riscos de ataques cibernéticos crescem em proporções equivalentes e, às vezes, superiores à capacidade de evolução da proteção contra riscos nos Datacenters mundo afora. Os próprios “Papas” do Vale do Silício não descartam esses riscos, e o noticiário tem mostrado todos os dias exemplos de invasão, quebra de protocolos de segurança e ataques de hackers. O conselho dos especialistas estrangeiros vão além dos procedimentos tecnológicos.

“Mantenha Offline uma cópia física dos seus dados mais importantes!”

Nossos gestores e empresários precisam driblar os inconvenientes citados acima, tais como o “Custo Brasil”, a crise econômica, etc. Precisam adotar as boas práticas, não apenas buscando o mais barato, mas construindo projetos eficazes com soluções inteligentes que garantam a segurança aliada à tecnologia, com os menores custos possíveis.

Algumas dicas importantes:

Saber a diferença que surge entre o Backup em si e os Arquivos Históricos. Para isso existe um conceito interessante: o CBT (Changed Block Traking, na sigla em Inglês), que é um API para V.M.s (Máquinas Virtuais). Esse CBT nada mais é que um aplicativo que compara arquivos e incrementa dados novos ou modificações nos arquivos existentes no servidor. Foi desenvolvido para não deixar aumentar desnecessariamente o volume de dados armazenados, já que lá fora o espaço e o tráfego de dados pela web ainda têm preços elevados para serem desperdiçados com cópias das mesmas informações.

Considere que os efeitos de volume e capacidade, apesar dos grandes avanços, ainda são desafios para as empresas. Os maiores volumes incrementais estão nos servidores de e-mail e network em aplicativos de troca de mensagens (corporativas) e nos próprios bancos de dados dos sistemas empresariais, tais como ERP, Ominichanel System, WMS & TMS, CRM, etc., nos quais os dados são altamente mutáveis, com atualizações constantes e um universo infinito de dados incrementais sendo imputados a cada segundo.

Fora esses dados “dinâmicos”, existem os “Archives” (arquivos, em tradução literal), os quais são um pouco diferente conceitualmente – esses archives” podem ser considerados, para nós, arquivos históricos, ou seja, versões eletrônicas de documentos convertidos em imagens e que, uma vez criados, não se alteram mais, destaco: cópias de guias de impostos, outros comprovantes de pagamentos, contratos, documentação fiscal, imagens, vídeos, etc., e que devem ser guardados por longos períodos.

O tratamento desses dados é feito através de uma cópia simples em HD, Storages ou fitas, organizados em pastas e/ou árvore de pastas, com algum mecanismo inteligente de localização, por exemplo, um sistema de GED (Gerenciador Eletrônico de Documentos) – lembre-se que é preciso ter um Backup desses Archives também!

Uma vez entendidas as classes e as características dos dados e como isso pode afetar o volume armazenado, a prioridade é como neutralizar os excessos de dados. Pode-se pensar nas soluções mais adequadas e seguras para proteger e acessar as informações, no dia a dia ou em situações atípicas indesejadas e imprevistas.

Pensando em recuperação dos dados em caso de Desastre(jargão de T.I. para perda de dados), deve-se avaliar os seguintes aspectos:
– se a recuperação será parcial ou total (Full);
– se o volume a ser recuperado poderá ser transferido via web, isso porque, a depender do tamanho dos arquivos, pode-se levar dias ou mesmo semanas, considerando a banda de internet e a estabilidade e disponibilidade do Link;
– e se o que foi perdido é vital para continuidade da operação e se os impactos podem causar danos aos negócios e aos clientes da empresa.

Deixar para pensar no problema, apenas quando ele aparece.

Backups são construídos seguindo políticas e procedimentos estabelecidos e acontecem ao longo de períodos de tranquilidade, através de Upload contínuo em horários convenientes para o tráfego dos dados. Contudo, a necessidade de recuperação desses dados armazenados, com toda certeza, vai acontecer nos horários mais conturbados e com uma Urgência que não irá admitir a perda de nem um segundo sequer.

É nessa hora que as Melhores Práticas internacionais fazem a diferença. Investir em um projeto de DRP (Desastre Recovery Plan), que é o plano de contingência para situações de perda de dados em políticas e estratégias adequadas, vai ser o diferencial entre ultrapassar os problemas com tranquilidade e se desesperar, torcendo para a empresa não naufragar, mas…

Contingência não é solução para tudo!

Imagine que um avião está fazendo um voo entre dois aeroportos, sobre o oceano e, como contingência, a companhia aérea manda outro avião voar ao lado do que leva os passageiros, para uma eventual pane durante o voo… Uma contingência desse tipo não é solução para um eventual risco de desastre.

Deve-se olhar para o mercado de vanguarda em tecnologias de armazenagem de dados que pode oferecer soluções ajustadas ao tamanho e ao porte das empresas, com Softwares “As a Service”, tais como BKPaaS, DRaaS ,etc., que podem ser adequados para garantir a integridade e a recuperação conveniente dos dados, de forma suficientemente rápida para cada situação durante o desastre. Isso sem esquecer de uma política de redundância, com uma cópia física dos dados em uma sala de segurança Offsite e Offline!

Em síntese, as Melhores Práticas visam calibrar soluções reais adaptadas ao caso de sua empresa, de forma inteligente e que caiba no seu bolso, mas sem dar um “jeitinho”! Viabilizam os custos mitigando os riscos, através de ferramentas consagradas, adequadas às alternativas que o mercado oferece.

Rio de Janeiro, 12 de Dezembro de 2019.
Laert Perlingeiro Goulart.

Fontes:

https://searchvmware.techtarget.com/feature/Back-up-VMware-environments-with-these-best-practices-and-tips?src=5975695&asrc=EM_ERU_121277360&utm_content=eru-rd2-rcpC&utm_medium=EM&utm_source=ERU&utm_campaign=20191210_ERU%20Transmission%20for%2012/10/2019%20(UserUniverse:%20650085)

https://searchvmware.techtarget.com/definition/Changed-Block-Tracking-CBT

SOBRE O AUTOR

“Laert Perlingeiro Goulart, é Engenheiro Civil formado pela Universidade Católica de Petrópolis, atuou como empresário da construção civil até 2005 quando tornou-se executivo de uma empresa de Logística, onde atuou ate 2017. Hoje é executivo de uma empresa de T.I. voltada para tecnologia de gestão de documentos, arquivos digitais e backup. Nas horas vagas gosta de tirar fotos e apreciar uma boa cerveja artesanal e compartilha isso no seu Instagram @laert.goulart

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